Para esclarecer um pouco mais sobre as "doenças" as quais nossas estruturas de concreto estão sujeitas, abaixo seguem breves descrições de alguns agentes físico-químicos que interferem diretamente na durabilidade e desempenho dessas estruturas:
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Para esclarecer um pouco mais sobre as "doenças" as quais nossas estruturas de concreto estão sujeitas, abaixo seguem breves descrições de alguns agentes físico-químicos que interferem diretamente na durabilidade e desempenho dessas estruturas:
DESGASTE SUPERFICIAL: Podemos separar o Desgaste Superficial em Desgaste por Abrasão e por Erosão. Abrasão é o processo que causa desgaste no concreto por esfregamento, enrolamento escorregamento ou fricção constante, sendo particularmente importante no estudo do comportamento de pisos industriais, pavimentos rodoviários e pontes. A resistência superficial e a dureza do concreto influenciam o desgaste por abrasão. A utilização de agregados graúdos mais resistentes e o aumento da resistência a compressão, elevam a sua resistência a abrasão. Já a Erosão é o desgaste provocado pela passagem abrasiva dos fluidos contendo partículas suspensas, sendo que na maioria das vezes esse fluido é a água.
GRADIENTES TÉRMICOS:
A variação de temperatura provoca uma mudança volumétrica nas estruturas de concreto. Se as contrações e expansões são restringidas, e as tenções de tração resultantes forem maiores que a resistência do concreto, poderão ocorrer fissuras. Em elementos de concreto com grande dimensões, como por exemplo, barragens ou blocos de fundação, poderão surgir fissuras devido aos efeitos do gradiente térmico causado pelo calor de hidratação do cimento, que pode originar tensões de tração.
CRISTALIZAÇÃO DE SAIS NOS POROS:
Grandes pressões são produzidas pela cristalização de sais a partir de soluções supersaturadas. Sob certas condições ambientais por exemplo, quando um lado de um muro de arrimo ou laje de um concreto permeável está em contato com uma solução de sal e os outros lados estão sujeitos à perda de umidade por evaporação, o material pode se deteriorar por tensões causadas pela cristalização de sais nos poros.ões e Limitações
EFEITOS DE ALTAS TEMPERATURAS:
CORROSÃO ELETROQUÍMICA:
As reações de corrosão eletroquímica são reações de oxidação e redução que ocorrem necessariamente na presença de água no estado líquido. Como consequências da corrosão podemos citar:
CARBONATAÇÃO:
O dióxido de carbono (CO2) dissolve-se nas soluções presentes nos poros da pasta de cimento, reage com alguns componentes da pasta de cimento hidratada produzindo Carbonato de Cálcio (CaCO3). O carbonato de cálcio não deteriora o concreto, porém durante a sua formação consome os álcalis da pasta e reduz o pH do cimento. Essa redução de pH, quando atinge a armadura, provoca a despassivação do aço e este se torna vulnerável. Importante observar que o dióxido de carbono é facilmente encontrado nos centros urbanos, tendo grande concentração em garagens, túneis e viadutos.
AÇÃO DE CLORETOS:
Os íons cloreto (Cl¯) podem chegar até o concreto através de diversas formas, como uso de aceleradores de pega, impurezas na água de amassamento e nos agregados, água do mar e maresia, sais de degelo e processos industriais. A ação de íons cloretos (Cl¯) nas estruturas de concreto além de severo provoca a despassivação do aço muito mais rápida, bem como a corrosão localizada, com surgimento de trincas e desplacamento do concreto.
ATAQUE POR SULFATOS:
De maneira resumida, o ataque por sulfatos pode se manifestar na forma de expansão e fissuração do concreto, provocando os seguintes efeitos: